‘Senti que tinha que fazer alguma coisa’, revela homem que ficou frente a frente e conteve assassino em colégio de Cambé
No lamentável incidente ocorrido no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, na cidade de Cambé, no norte do estado, um prestador de serviços chamado Joel de Oliveira, de 62 anos, mostrou-se corajoso e destemido ao confrontar o assassino responsável pelo ataque que tirou a vida de Karoline Verri Alves, de apenas 17 anos, e de Luan Augusto, de 16 anos. O ato heroico de Joel de Oliveira provavelmente salvou outras vidas naquela manhã sombria.
Joel estava trabalhando nas proximidades da escola quando ouviu os disparos e o tumulto de pessoas correndo desesperadas. Sem hesitar, ele se dirigiu ao local dos tiros e entrou no colégio. Enfrentando o perigo iminente, Joel encontrou-se cara a cara com o assassino.
“Eu escutei os tiros e me dirigi até o colégio. Chegando aqui no portão do Kolody, eu ouvi o tiro lá dentro, eu entrei ali e vi o que podia fazer pra salvar as crianças, porque tava todo mundo correndo, aí senti que tinha que fazer alguma coisa“, relatou Joel.
Infelizmente, Karoline perdeu a vida na escola, logo após o suspeito invadir o local e abrir fogo. Ela foi atingida por um tiro fatal na cabeça. Luan, namorado de Karoline, também foi alvejado na cabeça. Apesar de ter sido socorrido e levado ao hospital, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu na madrugada desta terça-feira (20).
Joel revelou que, ao entrar na escola, encontrou o assassino disparando contra uma vidraça. Foi então que os dois se depararam no corredor. Demonstrando uma incrível bravura, Joel se apresentou ao agressor como um policial.
“Falei: ‘sou policial, para’. Aí consegui dominar ele lá, deitei ele no chão e segurei até a polícia chegar. Não tive medo, na hora eu vim tentar salvar mais crianças“, disse Joel.
Ele também mencionou que estava segurando seu celular na mão e acredita que o criminoso tenha pensado que se tratava de uma pistola. Essa demonstração de coragem e sagacidade de Joel provavelmente desempenhou um papel crucial na contenção do agressor e na proteção das vidas inocentes que estavam sob ameaça.
Embora Joel de Oliveira tenha afirmado ser um prestador de serviços, seu comportamento heroico e a maneira como enfrentou o perigo indicam um indivíduo com uma notável coragem e resiliência. A sociedade está profundamente grata por sua intervenção decisiva, que ajudou a impedir um número maior de vítimas e a garantir a segurança daqueles que estavam presentes na escola naquele momento traumático.
Guiado por Deus’
Joel entregou também que sentiu ser guiado por Deus, porque entrou na direção correta, onde estava o assassino.
Funcionárias da escola agradeceram seu Joel pelo ato.
“Elas falaram que fui guiado por Deus, me agradeceram muito, porque a tragédia podia ser maior, né? O rapaz estava com muita munição e podia, em qualquer momento, atirar em todo mundo ali. Disseram que fui muito corajoso, que Deus guiou“, contou.
Após os disparos, a Polícia Militar (PM-PR) foi chamada e chegou ao local poucos minutos depois.
De acordo com a PM, foram apreendidos com o assassino uma machadinha, carregadores de revólver e a pistola utilizada na ação.