Homem que vazou fotos de Marília Mendonça continua preso
A Justiça do Distrito Federal decidiu manter a prisão preventiva do acusado de divulgar fotos da autópsia dos sertanejos Marília Mendonça, Gabriel Diniz e Cristiano Araújo. A decisão ocorre após 134 dias de prisão e segue as diretrizes da Corregedoria da Justiça do DF.
A espera angustiante continua para André Felipe de Souza Pereira Alves, o acusado de divulgar fotos da autópsia de artistas sertanejos, incluindo a falecida Marília Mendonça. Nesta semana, a Justiça do Distrito Federal manteve sua prisão preventiva, reafirmando que ele permanece sob custódia do Estado. André já estava atrás das grades por 134 longos dias, e a Corregedoria da Justiça do Distrito Federal estipula um limite de 178 dias na primeira fase do procedimento do Júri.
O portal Splash, do UOL, entrou em contato com o advogado Robson Cunha, que representa a família de Marília Mendonça. Sobre a decisão judicial, ele afirmou: “Da nossa parte, acreditamos na justiça e que sirva de exemplo para a sociedade”.
Por sua vez, a Defensoria Pública do Distrito Federal, responsável pela defesa do acusado, se limitou a informar que “o processo judicial é sigiloso e que as informações devem ser fornecidas apenas pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT)”.
Relembre o caso do vazamento de fotos de Marília Mendonça
O caso remonta a abril, quando fotos da autópsia de Marília Mendonça vazaram em grupos de WhatsApp. A Polícia Civil do Distrito Federal agiu rapidamente e prendeu o suspeito, André Felipe, residente em Santa Maria, DF.
Durante o interrogatório, o homem admitiu ter compartilhado as imagens macabras no X, antigo Twitter, resultando no bloqueio de seu perfil na rede social, ainda que com duas semanas de atraso.
Em maio, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios denunciou André, tornando-o réu em diversas acusações, incluindo o crime de vilipêndio a cadáver, crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos, crimes contra a incolumidade pública e atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública, entre outros.
Além disso, ele enfrenta acusações de uso de documento falso, preconceito e intolerância racial, já que seu perfil no Twitter continha postagens racistas e apologia ao nazismo, acrescentando uma dimensão sombria a esse triste episódio. Na época da divulgação do conteúdo, a família de Marília Mendonça pediu que as imagens não fossem repassadas.