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Record inova e proíbe mulheres de usar jeans, cabelo cacheado e batom vermelho


Recentemente, a Record atualizou o seu Manual de Estilo, impondo diversas restrições aos jornalistas que aparecem na emissora, especialmente às mulheres. Essas restrições incluem proibições quanto ao uso de calça jeans, cabelos cacheados e batom vermelho. Essa decisão causou surpresa e indignação em alguns repórteres e levantou questões sobre a liberdade de expressão e a igualdade de gênero no ambiente de trabalho. Neste artigo, exploraremos as implicações dessas novas diretrizes para as mulheres na mídia e discutiremos o impacto que tais restrições podem ter.

O peso das restrições no vestuário


Uma das proibições mais destacadas no novo Manual de Estilo da Record é o uso de calça jeans por parte das jornalistas. Em vez disso, elas são obrigadas a vestir apenas calças sociais em tons escuros e neutros. Essa restrição levanta questões sobre a individualidade e a expressão pessoal das mulheres no ambiente de trabalho. A imposição de um único estilo de roupa pode fazer com que as jornalistas se sintam padronizadas e limitadas em sua liberdade de escolha.

Além disso, o manual proíbe blusas, camisas ou vestidos com rendas, estampas, babados ou tecidos com aplicações. Essas restrições parecem focar na estética das profissionais em detrimento de suas habilidades jornalísticas. É importante questionar se a capacidade de informar com precisão e profissionalismo deve estar diretamente relacionada à aparência pessoal.


Restrições no cabelo e Mmaquiagem

Outro aspecto das restrições que tem causado controvérsia é a proibição de penteados cacheados ou ondulados. Embora haja uma exceção para aquelas com fios naturalmente cacheados, isso coloca em questão a pressão sobre as mulheres para que mantenham uma imagem específica de acordo com os padrões estabelecidos pela empresa. A diversidade de estilos capilares é uma parte importante da identidade de cada indivíduo, e as restrições nesse sentido podem ser consideradas discriminatórias.


No que diz respeito à maquiagem, o manual enfatiza que as jornalistas devem manter uma aparência natural, sem exageros. Isso pode ser interpretado como uma tentativa de ditar a aparência das mulheres na mídia, em vez de permitir que elas expressem sua individualidade. A proibição de unhas longas e esmaltes em tons neutros também parece excessiva, restringindo a liberdade das jornalistas de se expressarem de maneira criativa.

O impacto na igualdade de gênero na mídia

Essas novas restrições na Record ressaltam a importância contínua da igualdade de gênero na mídia. As mulheres jornalistas já enfrentam desafios significativos, incluindo disparidades salariais e sub-representação em cargos de liderança. Impondo restrições à aparência das jornalistas, as empresas podem inadvertidamente contribuir para esses problemas. Além disso, tais restrições podem enviar uma mensagem prejudicial de que a aparência é mais importante do que a competência no jornalismo.

A diversidade na mídia é fundamental para refletir a sociedade de forma precisa e justa. Restrições como as impostas pela Record podem limitar a variedade de vozes e perspectivas na mídia, criando uma narrativa unidimensional.

As novas restrições impostas aos jornalistas da Record, em especial às mulheres, geraram controvérsia e levantaram preocupações sobre a igualdade de gênero e a liberdade de expressão no jornalismo. É essencial que empresas de mídia considerem o impacto de tais restrições em suas equipes e na sociedade em geral. A diversidade e a liberdade de expressão são pilares fundamentais do jornalismo e devem ser protegidos e promovidos. Restrições exageradas à aparência pessoal podem minar o progresso rumo a uma mídia mais inclusiva e igualitária.

 

 

Fonte: Coisas de Casal


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