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Jovem é internada com asma e sai de hospital com braço amputado


Uma jovem é hospitalizada devido a asma e, lamentavelmente, deixa o centro médico com a amputação de um de seus braços. Esta triste situação ocorreu com a estudante de Medicina chamada Bárbara Maia, que foi diagnosticada com uma síndrome rara. Ela enfrentou uma estadia hospitalar de aproximadamente três meses, enfrentando diversas complicações ao longo desse período.

Uma estudante de Medicina que luta contra a asma foi admitida em um hospital de Belo Horizonte (MG) devido a dificuldades respiratórias e, lamentavelmente, após aproximadamente três meses de internação, teve que enfrentar a dolorosa amputação de seu braço direito. A história é de Bárbara Maia, de 27 anos, que compartilhou sua experiência em vídeos postados no Instagram e TikTok. Tudo começou em 7 de maio deste ano, quando ela sentiu falta de ar e, inicialmente, suspeitou ser mais um episódio de asma, procurando atendimento em um pronto-socorro.


Inicialmente, tudo parecia estar indo bem. Bárbara recebeu medicação e seus sintomas foram aliviados. No entanto, no dia seguinte, sua condição piorou a ponto de ela não conseguir sequer solicitar um carro por aplicativo. Nesse momento, uma ambulância precisou ser chamada para levá-la ao hospital.

No hospital, a equipe médica fez esforços para administrar oxigênio e melhorar sua saturação, mas infelizmente, o estado de saúde da jovem só se deteriorou. Diante disso, a decisão foi tomada de entubá-la. Ela compartilhou em uma série de vídeos, postados em agosto, que a última memória que tinha desse dia foi segurar a mão de sua mãe e expressar o medo que sentiu devido à entubação.


Nesse ínterim, seus amigos se empenharam em buscar uma vaga em um hospital público, já que o plano de saúde de Bárbara estava no período de carência. Com a colaboração de alguns médicos, ela foi transferida para a Santa Casa, mesmo estando inconsciente.

“Recuperei a consciência cerca de 36 dias mais tarde, porém, estava completamente alheia ao que havia ocorrido. Não tinha noção do tempo que permaneci em coma, nem dos vários eventos diversos que ameaçaram minha vida.”


Após sua saída da Unidade de Terapia Intensiva (CTI), a jovem foi transferida para a ala de cuidados prolongados do hospital, onde passou por sessões de fisioterapia, terapia ocupacional e teve uma traqueostomia realizada. As complicações ao longo de sua internação incluíram:

1. Tromboembolismo pulmonar.
2. Pneumonia.
3. Dois episódios de AVC.
4. Insuficiência renal.
5. Hemorragia intestinal, que resultou na necessidade de receber 13 unidades de sangue.
6. Anemia severa, que exigiu mais duas unidades de sangue.

Nesse contexto, Bárbara também recebeu o diagnóstico de portadora da Síndrome do Anticorpo Fosfolípide (SAF), uma condição rara, de origem genética e autoimune, que torna o sangue propenso a coagular de forma excessiva. Para a estudante, essa síndrome é a raiz de seus problemas de saúde.

“Essa síndrome faz com que coágulos se formem no meu corpo, o que levou à situação do meu braço”, explicou em um vídeo. A SAF, também chamada de “síndrome do sangue espesso,” é caracterizada clinicamente por ocorrência frequente de tromboses arteriais ou venosas, repetidas perdas fetais, e é diagnosticada laboratorialmente pela presença de anticorpos antifosfolipídeos, conforme definido pela Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Além das influências genéticas, Bárbara também enfrentou uma variante anatômica que agravou sua condição. Como ela descreve, a artéria que normalmente se bifurca no meio do braço, no seu caso, se bifurcava no ombro. Isso resultou na formação do coágulo mais próximo do ombro.

“No meu histórico, inicialmente constava asma, mas o diagnóstico de TEP (Tromboembolismo Pulmonar) faz mais sentido, especialmente considerando a SAF”, esclareceu.

Antes de optar pela amputação, os médicos tentaram revascularizar o membro, porém, sem sucesso. Em uma segunda tentativa, foi realizada uma amputação parcial do braço. No entanto, logo em seguida, Bárbara desenvolveu uma infecção óssea, resultando na necessidade de remoção do braço por completo.

Diante dessa situação, Bárbara lançou uma campanha de arrecadação de fundos online para auxiliar nos gastos relacionados à aquisição de uma prótese. Em setembro, ela alcançou a quantia necessária. Conforme a jovem relata, o modelo ideal para permitir que ela continue em busca de seu sonho de se tornar oncologista teve um custo de R$ 480 mil. Seus vídeos mais recentes indicam que ela já deu início ao processo de adaptação da prótese.

Fonte: Coisas de Casal


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