Anitta x Dona Ilza: processo ganha novo desdobramento após intimação da justiça
Anitta prestou depoimento perante a Justiça do Rio de Janeiro afirmando que é impraticável apresentar as imagens registradas pelo sistema de vigilância por câmeras de sua residência em um processo movido por uma fã idosa após o lançamento do documentário “Anitta – Made In Honório”.
Através de uma petição enviada ao tribunal, a equipe jurídica da artista alegou que é inviável disponibilizar as gravações do sistema de vigilância devido ao fato de o equipamento automaticamente sobrescrever as imagens mais antigas, substituindo-as após um determinado período.
Conforme declarado por Anitta, as gravações já não estavam mais armazenadas no disco rígido do sistema de segurança no momento em que o processo foi instaurado. A Justiça do Rio de Janeiro havia concedido um prazo de 15 dias para que a cantora comprovasse a alegação relativa às imagens do circuito interno de sua casa, em um processo movido por uma fã idosa.
O juiz Josué de Matos Ferreira, em um despacho datado de 5 de setembro, determinou que Anitta apresentasse evidências de que as imagens do circuito interno de sua residência foram perdidas devido ao decurso do tempo e à sobreposição das gravações, conforme alegado pela defesa da artista.
O objetivo, segundo o magistrado, é permitir uma reavaliação da viabilidade de produzir esse tipo de prova no processo instaurado por uma fã idosa chamada Maria Ilza.
Versão de dona Maria
Maria Ilza de Azevedo Silva, a pessoa idosa envolvida, sustenta que nunca deu permissão para que sua imagem fosse utilizada no documentário. Ela alega que sua visita à residência de Anitta foi feita de forma benevolente, levando um presente artesanal para a cantora.
A família de Maria Ilza insiste que ela é uma grande admiradora de Anitta e que sua aparição no documentário foi retratada de forma injusta. A neta Gabriela Pinheiro, que chama a avó de mãe, relata: “Eu perguntei para ela várias vezes: ‘Mãe, você assinou algum documento?’ e ela disse que não. Ela não sabia nem que estava sendo filmada. No episódio, dá para ver que ela fica olhando para Anitta o tempo todo. Ela não olha para a câmera. Para alguém que não está acostumada com isso, ela pelo menos olharia para o lado para ver a câmera. Ela realmente não sabia que estava sendo filmada.”
Sobre a suposta assinatura em um documento de autorização, a perita grafotécnica Margareth Vieira, em um laudo, concluiu que a assinatura é falsa e não pertence a dona Maria Ilza. A especialista comparou a escrita presente no termo de concessão com as letras escritas no RG e no passaporte, chegando à conclusão de que houve fraude.
Versão de Anitta
De acordo com fontes próximas à cantora, Anitta se surpreendeu ao encontrar Maria Ilza em sua residência durante a gravação do documentário “Anitta – Made In Honório”. A artista, que estava em meio a uma reunião com sua equipe de figurino, reconheceu Maria Ilza como uma fã e agradeceu pelo presente, mas expressou preocupações sobre como a idosa conseguiu acesso à sua casa, questionando a falha na segurança. Miriam Macedo, mãe de Anitta, esclareceu que a entrada de Maria Ilza foi autorizada devido a uma confusão de informações, já que dona Maria Ilza havia dito que ia “entregar uma roupa”, o que a fez parecer uma profissional da área de figurino.
