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Erika Hilton pede multa de R$ 50 milhões por dia para Enel após apagão em SP


A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) solicitou ao Ministério Público a aplicação de uma multa de R$ 50 milhões por cada dia que os cidadãos de São Paulo ficarem sem fornecimento de energia elétrica, devido ao apagão causado pelas intensas chuvas que afetaram a cidade. Desde a última sexta-feira (3), diversos bairros da capital paulista estão enfrentando a falta de eletricidade.

Erika Hilton apresentou ao Ministério Público uma proposta para que a empresa Enel, responsável pela distribuição de energia na região, seja penalizada com uma multa substancial a cada dia que o apagão persistir. Esta medida visa pressionar a empresa a tomar medidas urgentes para restabelecer o serviço elétrico e evitar que os cidadãos continuem sofrendo com a falta de energia.


Além disso, a deputada solicitou que a Enel conceda descontos significativos nas contas de luz dos consumidores afetados, realize a devida reparação por danos morais sofridos e faça o abatimento automático dos dias em que não houve fornecimento de energia, em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor.

Erika Hilton utilizou suas redes sociais para expressar sua insatisfação com a empresa que mantém a concessão da rede elétrica de São Paulo, e criticou a abordagem focada no lucro, que pode resultar em situações de calamidade, perda de alimentos, medicamentos e negligência com a população, especialmente nas áreas periféricas.


A deputada ressaltou a importância de os órgãos públicos, como a prefeitura e o governo do estado de São Paulo, intervirem para garantir que a situação seja resolvida de maneira adequada e que as empresas responsáveis pela distribuição de energia elétrica atuem de forma mais responsável.

No contexto atual, marcado por emergências e eventos climáticos extremos, Erika Hilton destacou a necessidade de o poder público assumir um papel mais ativo na preparação das cidades para enfrentar os efeitos adversos desses fenômenos. Isso inclui, em muitos países ao redor do mundo, a retomada do controle estatal sobre as empresas de energia elétrica e os serviços de distribuição e tratamento de água.


A Enel foi procurada para dar um posicionamento sobre o pedido da deputada Erika Hilton, mas até o momento não recebeu uma resposta. O espaço continua aberto para que a empresa se manifeste a respeito desse assunto.

O apagão que afetou São Paulo resultou na falta de energia para 413 mil pessoas, de acordo com o último boletim divulgado pela distribuidora de energia no estado. A empresa prevê que todos os afetados, que chegaram a 2,1 milhões no auge do problema, tenham o fornecimento de energia restabelecido até o próximo dia.

Até o momento, moradores ficaram 69 horas sem energia, o que gerou relatos de pessoas que tiveram que se hospedar em hotéis desde a última sexta-feira (3) ou perderam toda a comida que estava na geladeira. Uma idosa de 89 anos, que depende de um respirador, precisou passar a noite em um hospital devido à falta de luz em sua residência.

O apagão foi desencadeado por um forte temporal que atingiu São Paulo na última sexta-feira (3). As chuvas derrubaram centenas de árvores no estado e foram registradas rajadas de vento que ultrapassaram os 100 km/h, conforme dados do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo. Essa velocidade do vento é a maior registrada desde 1995, quando o órgão começou a coletar esses dados.

Infelizmente, as chuvas também resultaram em sete mortes, com fatalidades registradas em São Paulo, Osasco, Santo André, Suzano, Limeira e Ilhabela. Na capital paulista, duas vítimas estavam em um veículo atingido por uma árvore que desabou. As outras cidades tiveram um óbito cada, de acordo com informações da Defesa Civil.

 

Fonte: Coisas de Casal


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