Menina de 9 anos é liberada pelo Hamas depois de ter sido listada como morta no ataque terrorista
A pequena Emily Hand, de 9 anos, faz parte da lista de 17 reféns liberados neste sábado (25) pelo Hamas para voltar a Israel, como parte do combinado de cessar-fogo temporário. Emily havia sido dada como uma das vítimas do ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro.
Emily é filha do irlandês Thomas Hand, que se transferiu para Israel há mais de três décadas, e da israelense Liat, que veio a óbito vítima de câncer há poucos anos. Na noite do ataque terrorista, a pequena estava dormindo na casa de uma amiga, no kibutz de Be’eri, onde mais de 100 pessoas foram perderam suas vidas.
As autoridades de Israel colocaram o nome de Emily, a amiga dela e a mãe da garota entre os mortos pelo Hamas – agora, acredita-se que elas possam estar entre os reféns do grupo terrorista.
No último dia 12 de outubro, no decorrer de uma entrevista cedida à CNN, Thomas contou que havia recebido a informação de que a filha estava morta. “Eles me disseram: ‘encontramos Emily, e ela está morta’”, disse.
Quase 20 dias depois, a família recebeu uma nova informação das autoridades israelenses. “Estávamos de luto”, disse a familiar Natalie Hand em entrevista ao Canal 12. “Então, em 31 de outubro nos disseram que era muito provável que ela tivesse sido sequestrada”.
Vale ressaltar que a pequena completou seu aniversário de 9 anos durante o período em que esteve sequestrada pelo Hamas.
Desde então, a família e a embaixada irlandesa em Israel tentavam a todo custo colocar o nome de Emily entre as prioridades nas negociações para a troca de reféns. Contudo, disse Thomas Hand à emissora irlandesa RTÉ, ela não estava lista de reféns que esperavam a liberação desde sexta-feira.
Israel liberta 39 palestinos neste sábado como parte do acordo com Hamas
O governo de Israel libertou 39 palestinos que estavam presos como parte do acordo celebrado com o Hamas, após o grupo radical islâmico soltar 17 reféns neste sábado (25)
A Serviço Prisional de Israel ratificou que todos tinham deixado seus locais de encarceramento, as prisões de Damon e Megiddo, em Israel, e a prisão de Ofer, na Cisjordânia.
De acordo com informações da Serviço Prisional de Israel e do Clube dos Prisioneiros Palestinos, uma ONG que viabiliza os direitos dos prisioneiros, a CNN investigou que 15 dos libertados cumpriam penas, principalmente por ataques a israelenses.
Os outros 24 foram mantidos na chamada detenção administrativa, o que significa que foram detidos sem conhecimento de quaisquer acusações contra eles e sem qualquer processo legal.
No início da noite de sábado, três meninos foram baleados e feridos perto da prisão de Ofer, de acordo com a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino.
Funcionários da CNN a cerca de 200 metros da prisão em Israel testemunharam muitos palestinos à espera dos prisioneiros. A equipe ouviu três tiros ao longo de uma hora e viu três meninos sendo carregados em uma maca.
O Crescente Vermelho contou ainda que duas das vítimas tinham 17 anos e uma, 16. A CNN entrou em contato com a Polícia de Fronteira de Israel para comentar.