Filho adotivo diz ter sido sequestrado por Cid Moreira como escravo sexual; abusos estariam na casa dos 2 mil
O jornalista aposentado Cid Moreira foi acusado pela defesa de seu filho adotivo, Roger, de abuso contra o rapaz por aproximadamente 10 anos. Os advogados alegaram à Justiça que o ex-funcionário da Rede Globo teria o “sequestrado” quando o então adolescente tinha apenas 14 anos.
Nos anos subsequentes, mais precisamente “de outubro de 1990 a novembro de 2000”, o jornalista aposentado teria violado o corpo do próprio filho adotivo “com uma frequência de pelo menos quatro vezes por semana” com o fim de satisfazer os próprios desejos carnais. As informações foram inicialmente veiculadas pelo jornalista Leo Dias.
De acordo com a contabilidade apresentada pela defesa de Roger, considerando o intervalo de tempo e a quantidade de abusos que teriam sido cometidos por Cid Moreira, o número de violações contra o corpo do então adolescente seria “por volta de 1.920 ocasiões”.
Os advogados de Roger afirmam que o modo de operação de Cid Moreira para a perpetração dos alegados abusos seria inalterado a cada vez. Isso implica dizer que os crimes aconteceriam na residência do ex-funcionário da Rede Globo, a qual está localizada no condomínio Greenwood Park, no bairro de Itanhangá, na cidade do Rio de Janeiro.
A defesa de Roger alega que o contato entre Cid Moreira e ele se deu por intermédio de uma tia do filho adotivo, que na época era esposa do então jornalista. Em um fim de semana, o então adolescente passaria a ser paquerado pelo então funcionário da Rede Globo, sendo que, para ocultar socialmente os abusos que se tornariam regulares, a ideia de adoção se mostrou a mais adequada para o suposto encobrimento dos alegados crimes.