Sanfoneiro Erivaldinho do Arcodeon morreu esta semana

Erivaldinho do Arcodeon, nome artístico de Elisaldo Santos de Oliveira, era um músico sergipano que, aos 47 anos, silenciou sua voz, mas eternizou sua melodia no coração do Brasil

Erivaldinho do Arcodeon nasceu em Nossa Senhora da Glória, Sergipe, em uma família onde a música era o idioma da alma, Erivaldinho herdou o talento e a paixão pelo ritmo contagiante do forró. Desde cedo, dominou a sanfona com maestria, transformando-a em uma extensão de seu ser.

Ainda adolescente, Erivaldinho deu início a uma carreira meteórica. Em Aracaju, gravou com a renomada Banda Calcinha Preta, consolidando seu nome no cenário musical. Em 2002, buscando novos horizontes, partiu para São Paulo, onde expandiu seus horizontes e aprimorou seu talento. Mais recentemente, radicado em Belo Horizonte, seguia em carreira solo, trilhando seu próprio caminho com maestria.

Erivaldinho não se limitava a um único instrumento. Sua voz potente e afinada dava vida às suas composições, emocionando o público com letras que retratavam o amor, a vida e as nuances do cotidiano.

Ao longo de sua jornada, dividiu o palco com grandes nomes da música brasileira, como Marília Mendonça, Tierry e Gusttavo Lima. Sua discografia, rica e diversa, é um testemunho de seu talento multifacetado e de sua paixão pela música.

A partida de Erivaldinho do Arcodeon, em 14 de fevereiro de 2024, em decorrência de um câncer de intestino, deixou um vazio irreparável no cenário musical brasileiro. Sua esposa, Lili Rocha, em um post emocionante no Instagram, expressou a dor da perda e a saudade que persistirá.

Embora sua voz física se tenha calado, a melodia de Erivaldinho do Arcodeon ecoa eternamente. Suas canções, carregadas de emoção e autenticidade, continuarão a tocar corações e inspirar novos artistas a seguirem seus sonhos.

Detalhes que Enriqueceram a História:

• A influência do pai, Erivaldo de Carira, também sanfoneiro, no despertar do talento de Erivaldinho.
• A participação em festivais e eventos importantes, como o Festival de Inverno de Garanhuns, que o projetaram para o cenário nacional.
• O lançamento de seu álbum solo mais recente, “Raízes”, que celebrava sua paixão pelo forró e sua trajetória musical.
• A comoção e o pesar da comunidade artística e do público em geral com sua partida.

Erivaldinho do Arcodeon deixa um legado vibrante que transcende o tempo e as fronteiras. Sua música, sua alegria e seu talento continuarão a inspirar e emocionar o público por muitas gerações. Que sua memória seja eternamente preservada como um símbolo da paixão e da força da música brasileira.