Após ser solto pela Justiça, padrasto confessa que tirou a vida de criança de 11 anos no litoral do Paraná
O triste assassinato de Kameron Odila Gouveia Osolinski, de apenas 11 anos, assustou o Brasil nos últimos dias. O padrasto da menina, Givanildo Rodrigues Maria, confessou ter cometido o crime, após ter sido preso em flagrante por homicídio e ocultação de corpo.
O corpo de Kameron foi encontrado na última quinta-feira, após a menina ter sido dada como desaparecida pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). A notícia da descoberta do corpo da criança trouxe uma onda de comoção e revolta para todo o país.
O caso ganhou ainda mais repercussão quando, menos de um dia após sua prisão em flagrante, Givanildo foi solto a pedido da Justiça. A decisão da Justiça gerou indignação e protestos nas redes sociais, com muitos pedindo uma resposta mais firme e justa para o covarde assassinato de Kameron.
Porém, no último sábado (29), Givanildo voltou a se apresentar à polícia e confessou ter matado a criança. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Nilson Diniz, o homem deu detalhes de como cometeu o crime, mas as informações ainda não foram divulgadas.
A partir da confissão, o delegado solicitou novamente ao Poder Judiciário a prisão preventiva de Givanildo. Se o pedido for atendido, o homem será encaminhado à Delegacia de Paranaguá.
Ainda de acordo com informações apuradas pelo g1 e pela RPC, Givanildo ainda não tem defesa constituída. O enterro de Kameron ocorreu no último sábado em Curitiba, onde a família da menina reside.
O caso de Kameron traz à tona a discussão sobre a violência infantil e a necessidade de se investir em políticas públicas e ações para proteger as crianças e adolescentes. Infelizmente, casos como esse não são isolados no Brasil e é preciso que haja uma conscientização e mobilização por parte da sociedade para acabar com a violência contra crianças e adolescentes.
Além disso, é importante que a justiça seja feita e que a punição para casos como esse seja exemplar, para que casos semelhantes não ocorram novamente. A liberdade de Givanildo após a prisão em flagrante gerou revolta e mostra a necessidade de se rever a legislação para que casos como esse não fiquem impunes.
Soltura
Na sexta-feira (28), um dia após a prisão em flagrante do homem, ele foi solto por determinação do juiz Jonathan Cheong, que entendeu não existir sinais de que o padrasto, apesar de suspeito, pudesse destruir alguma prova ou fugir da cidade.
“Ainda que o crime tenha sido praticado com violência, não existem elementos concretos que sinalizem para a periculosidade do suspeito, e nem sinais concretos de que o suspeito possa vir a destruir provas ou se evadir do distrito da culpa“, disse o juiz na decisão.
Na sexta, quando a soltura de Givanildo foi determinada, a Justiça não aceitou um pedido do Ministério Público (MP-PR) para transformar a prisão do suspeito em preventiva.