Entretenimento

Amaury Lorenzo revela qual é a sua sexualidade


O ator Amaury Lorenzo, famoso por seu papel como Ramiro na novela Terra e Paixão da Globo, recentemente abordou sua sexualidade em uma entrevista ao Jornal Extra. Ele compartilhou abertamente sua visão: “Eu me identifico como parte da comunidade LGBTQIA+. No futuro, posso me casar com um homem, seja cis ou trans, ou com uma mulher, seja cis ou trans… Eu compreendo o interesse do público em relação à minha sexualidade, não tenho problemas com isso. O único ponto de preocupação é quando isso se sobrepõe ao meu trabalho como ator.”


Em seguida, ele compartilhou suas experiências de testemunhar o preconceito vivido por seus amigos de perto. “Como professor de teatro, infelizmente, perdi três alunos para a violência devido à discriminação LGBTQIA+. Um deles foi vítima da própria família. Abri as portas da minha casa para abrigar um amigo que foi brutalmente agredido por estar envolvido com outro homem em público. Também enfrentei situações em que ex-alunos foram expulsos de casa por pais evangélicos devido à sua orientação gay. Diante disso, como posso não fazer parte dessa luta? Estou comprometido em participar da Parada LGBTQIA+ no dia 29 (em Madureira). Embora tenham me convidado para ser o rei, estou disposto a ceder essa posição ao Diego e assumir o papel de rainha”, afirmou.

Para concluir, Amaury Lorenzo, que também é um talentoso bailarino, compartilhou suas experiências de enfrentar o preconceito quando era criança. “Enfrentei tentativas de agressão devido à minha altura, sendo um homem negro, e tendo uma figura física imponente com um grande peitoral e bunda. São 25 anos dedicados ao teatro, e o preconceito infelizmente continua arraigado em nossa sociedade. Quando ainda era criança, vivi situações difíceis no interior de Minas Gerais, com 8 ou 9 anos, devido à minha paixão pelo balé clássico. Lembro-me de ouvir comentários cruéis enquanto saía de aulas, pessoas me chamando de termos pejorativos que eu mal entendia. Uma vez, um garoto do meu bairro apontou uma pistola de bolinha para mim e proferiu insultos homofóbicos antes de atirar, causando um buraco nas minhas costas. Essas experiências me levaram a sentir vergonha de seguir a dança. Aos 10 anos, eu estava prestes a fazer um teste para uma companhia de balé em Londres, e minha mãe precisou pedir permissão à escola para eu viajar até Belo Horizonte. Ao retornar, enfrentei o deboche de minha professora de inglês na frente de 40 alunos: “Vocês sabiam que Amaury é bailarino? Se eu dissesse o que realmente penso, seria expulsa da escola.” A terapia foi fundamental para me ajudar a superar essas experiências”, compartilhou.


Fonte: Coisas de Casal


Botão Voltar ao topo