Funcionários da Record teriam desviado R$ 800 mil de tratamento de menina com câncer e a criança falece
Funcionários da Record em Salvador estão sendo investigados pela Polícia Civil por suspeita de desviar R$ 800 mil de doações destinadas a ajudar uma menina com câncer. Segundo a coluna de Leo Dias, um editor e dois repórteres da emissora teriam desviado o dinheiro arrecadado após o caso da criança ser exibido no Balanço Geral e a criança acabou falecendo.
José Eduardo, apresentador do programa, se pronunciou sobre a polêmica e afirmou que a emissora não deixará de ajudar aqueles que precisam. Segundo ele, o jurídico da Rede Record está trabalhando em busca de encontrar os culpados pelo crime.
A própria empresa divulgou que o editor envolvido confessou o crime e já foi desligado, enquanto os dois jornalistas estão de férias, mas devem ser demitidos após o retorno. Todas as dispensas serão por justa causa, sem os benefícios dos direitos trabalhistas.
O caso iniciou-se em setembro de 2022, quando a mãe da menina se manifestou na emissora para arrecadar dinheiro para o tratamento da filha. A Record disponibilizou uma chave pix para as doações. Porém, a conta destinada para receber os valores não era da mãe da criança, mas de um dos supostos criminosos.
O ex-deputado estadual Marcell Moraes atribuiu o furto a um repórter chamado Marcelo Castro, indignado com a situação, o ex-político afirmou que devido ao roubo a criança havia falecido: “Marcelo Castro é ladrão, roubou R$ 800 mil e a criança morreu”, disse ele indignado. Para Marcell, o caso deveria ter uma grande repercussão, mas segundo ele, o fato de a pessoa acusada fazer parte da impressa está inibindo a fala das pessoas.
O caso foi descoberto, pois no último mês, Anderson Talisca, que foi doador de R$ 70 mil, contactou a mãe para realizar o abate do montante no imposto de renda. No entanto, ele acabou descobrindo que a mulher nunca havia recebido as doações. A Rede Record segue com uma investigação interna para que todos os envolvidos sejam punidos pelo crime.