Médica é presa por morte de cozinheira durante procedimento estético
Na manhã desta quarta-feira (12), a Polícia Civil do Rio de Janeiro efetuou a prisão de uma médica suspeita de cometer homicídio durante um procedimento cirúrgico. A vítima, Ingrid Ramos Ferreira, uma cozinheira de 41 anos, perdeu a vida após receber anestesia aplicada pela profissional colombiana em um consultório na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. A médica foi detida em um condomínio de luxo em Jacarepaguá e enfrentará acusações de homicídio com dolo eventual e fraude processual.
O incidente ocorreu no mês de junho, quando Ingrid Ramos procurou o consultório para realizar um procedimento de lipoaspiração. No entanto, as circunstâncias envolvendo a cirurgia revelaram-se inadequadas, levando à morte da paciente. O delegado Angelo Lages, responsável pelo caso, destacou que o local onde o procedimento foi realizado não possuía recursos adequados para uma cirurgia invasiva.
Após a morte da paciente, a médica colombiana empreendeu tentativas de ocultar provas, como o material cirúrgico utilizado, numa clara intenção de obstruir a investigação das autoridades. Durante a perícia realizada no consultório, foram encontrados equipamentos e medicamentos vencidos, levantando sérias questões sobre as práticas e a ética profissional da médica.
É importante ressaltar que essa não é a primeira vez que a médica é alvo de investigação por um caso de homicídio em cirurgia de lipoaspiração. No ano de 2020, uma paciente veio a óbito em decorrência de complicações durante um procedimento realizado pela mesma profissional. Além disso, a médica enfrenta outros 12 processos judiciais, o que revela um histórico preocupante de negligência e má conduta profissional.
Diante das circunstâncias graves envolvendo as mortes durante procedimentos cirúrgicos realizados pela médica colombiana, as autoridades encaminharam a suspeita para a 16ª DP (Barra da Tijuca), onde ela prestou depoimento. Durante o interrogatório, a médica alegou que o procedimento seria apenas uma simples reparação de cicatriz, o que diverge das informações apresentadas e das evidências encontradas no consultório.
A prisão da médica suspeita de homicídio durante um procedimento cirúrgico no Rio de Janeiro destaca a importância da fiscalização e da ética na prática médica. A perda trágica da cozinheira Ingrid Ramos Ferreira expõe as consequências devastadoras que podem surgir quando profissionais de saúde não seguem os protocolos adequados e operam em ambientes inadequados.
A sociedade espera que os órgãos competentes conduzam uma investigação minuciosa para que a justiça seja feita. É fundamental que casos como esse sejam tratados com seriedade e que as responsabilidades sejam atribuídas aos culpados, garantindo a segurança dos pacientes e a integridade da profissão médica como um todo.