Paolla Oliveira desabafa sobre críticas ao seu corpo: ”É o tempo inteiro”
A atriz Paolla Oliveira tem sido alvo frequente de críticas em relação ao seu corpo, uma realidade que muitas mulheres enfrentam diariamente nas redes sociais. Após ser atacada por compartilhar um vídeo durante um ensaio de Carnaval da Grande Rio, Paolla decidiu romper o silêncio e compartilhar seus sentimentos em relação aos comentários ofensivos que recebe constantemente na internet.
Em suas publicações nas redes sociais, especialmente aquelas em que aparece de biquíni ou fantasiada para o Carnaval 2024, a atriz tem sido confrontada com comentários que abordam seu corpo, peso e até mesmo sua idade. Diante desse cenário, Paolla tomou a decisão corajosa de dar um basta a essa pressão estética imposta pela sociedade e, ao mesmo tempo, encorajar outras mulheres a fazerem o mesmo.
A atriz revelou que as críticas não são esporádicas, mas sim constantes: “É o tempo inteiro”, lamentou. O episódio em que se sentiu gongada e massacrada durante um ensaio de Carnaval evidencia o impacto negativo que esses comentários podem ter na autoestima e na confiança de uma pessoa, mesmo quando ela se sente bem consigo mesma.
No entanto, Paolla Oliveira não se deixou abater e decidiu transformar a negatividade em uma mensagem poderosa de autoaceitação e empoderamento. Em uma entrevista ao programa ‘Fantástico’, a atriz compartilhou sua experiência e a motivação por trás de sua decisão de enfrentar as críticas de frente.
“Você imagina, me arrumar de achar linda, fazer uma roupa maravilhosa, e você vai para o ensaio. Chego no ensaio, você é gongada, você é massacrada, criticada, você não quer voltar. Eu não estava me sentindo daquele jeito, estava-me sentindo bem, feliz. Então, eu comecei a ver a onda de mulheres admirando, e eu comecei a ver as críticas de um olhar um pouco mais afastado. Eu respondo, eu argumento, eu faço vídeos. Eu me sinto corajosa de estar fazendo isso.”
Paolla não apenas expôs a natureza recorrente das críticas, mas também destacou que, apesar da maioria delas vir de homens, as palavras mais marcantes vêm de mulheres. Essa observação lança luz sobre a complexidade das dinâmicas sociais que perpetuam padrões inatingíveis de beleza e comportamento.
A atriz, consciente de seu privilégio como mulher branca padrão e bem-sucedida, assumiu a responsabilidade de falar sobre o assunto: “Do alto do meu privilégio, uma mulher branca padrão, bem sucedida, eu estou falando: eles não me deixam em paz.” Essa declaração ressoa como um apelo para que mulheres de diferentes contextos se unam em solidariedade contra as críticas injustas e a objetificação.
Em sua entrevista, Paolla Oliveira também abordou o fato de que, muitas vezes, são as próprias mulheres que proferem as críticas mais prejudiciais. No entanto, ela se recusa a julgá-las, preferindo oferecer compreensão e empatia: “Não sou eu que vou apontá-las. Talvez eu vá fazer outros vídeos para falar: ‘Sai daí, boba. Para de fazer isso, não descredibiliza o movimento de uma outra mulher’.”
Essa postura de compreensão e resistência construtiva ressalta a importância da sororidade, um conceito que busca promover a solidariedade e o apoio entre mulheres em face das adversidades. Paolla Oliveira, ao reconhecer que todas as mulheres enfrentam desafios semelhantes, independentemente das aparências externas, destaca a necessidade de uma abordagem mais inclusiva e empática dentro do movimento feminino.
Em um mundo que muitas vezes valoriza a padronização e a crítica fácil, a coragem de Paolla Oliveira em enfrentar as críticas e promover a aceitação pessoal serve como um farol de inspiração para muitas mulheres que lutam contra padrões inatingíveis. Sua determinação em se posicionar, mesmo diante de uma audiência global, é um ato de resistência que reverbera além das telas e das redes sociais, incentivando uma conversa mais aberta sobre a importância da aceitação e da empatia no cenário atual.