Você se lembra do caso Eloá? Mais de 10 anos depois de um dos sequestros mais dramáticos do Brasil, como estão os envolvidos?
Era 2008 quando a adolescente Eloá Pimentel, com 15 anos, era feita refém pelo próprio ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves, então com 22 anos. No apartamento, Nayara Rodrigues, de 15 anos, acompanhava a amiga e passou pelo pesadelo junto com Eloá. Foram 5 dias de sequestro, no ABC paulista, amplamente coberto pela mídia e acompanhado por policiais. Lindermberg apareceu diversas vezes na janela do apartamento, se comunicava com emissoras de TV e ameaçava matar as meninas e a si mesmo.
No último dia de cativeiro, a polícia agiu. Lindemberg foi preso, mas teve tempo de disparar contra as adolescentes. Eloá não sobreviveu, mas Nayara foi socorrida e sobreviveu. A jovem hoje tem 26 anos e venceu um processo na Justiça.
Em 2019, foi noticiado que Nayara conseguiu uma indenização de R$150 mil em um processo contra a ação da polícia. O ponto mais delicado é que Nayara havia sido liberada por Lindemberg no segundo dia de sequestro, mas foi levada de volta ao apartamento por policiais.
Nayara saiu do apartamento com o rosto sangrando pois havia sido baleada na região do maxilar.
Lindemberg foi condenado, em 2018, à pena de 94 anos e 10 meses de regime fechado. No entanto, a defesa recorreu e a pena foi reduzida para 34 anos. Como ele está preso desde que foi apreendido, em 2018, prestes a completar um terço da pena, ele pode conseguir o benefício do regime semiaberto.
Ana Cristina, mãe de Eloá, tentou entrar com um processo semelhante ao de Nayara, mas teve o processo negado e não conseguiu acesso a indenização. Os juízes que avaliaram o caso concluíram que a morte de Eloá não foi responsabilidade do Estado.